terça-feira, 14 de maio de 2013

I just don't know what to do...

A maré de trsiteza e desalento continuam a empurrar o barco de cá.

Há dias, semanas, horas ou minutos assim. Há que esperar que os ventos mudem. Mas até lá, pelo menos deito fora algum peso deste "barco".

É que ultimamente ando mesmo à deriva. Sem saber o que fazer, como fazer.
Pensei que a pior fase da M. tinha passado e que agora seriam só "rainbows and butterflies". Ah ah. I wish.

Saber educar requer mais arte e ciência do que como lhe dar banho, trocar fraldas, que leite é aconselhável, como fazer receitas para bebé, como evitar que se magoe, como brincar, o que fazer em caso de febre, ou queda, ou corte tudo junto!

E eu não sei. Não sei mesmo. Ainda não encontrei o Manual de Instruções adequado (funny, right? Já que escreve-los é o meu trabalho...) e desconfio que nunca encontrarei.

A M. é uma pestinha. Mesmo pestinha, com uma energia que não acaba mais. Eu sei que neste momento passa nas vossas cabeças "ah sim, o meu/a minha também é uma peste!" mas vocês não sabem o que é ser peste até terem conhecido a M.

Don't get me wrong. Ela também consegue ser fofinha e querida e miminhos. Quando quer. Para quem quer.

Se há coisa que a miúda sabe bem é o que quer, quando quer e de que maneira quer. Nisto não saiu à mãe, não.

E eu não sei como contrariar, se devo contrariar, se devo insistir, se não devo insistir, se devo dar palmadas, se não devo dar palmadas, se devo ralhar, se devo deixá-la ser a indiazinha que é...

Não sei, 
não sei, 
não sei!!!

E eu sou pessoa de gostar de saber tudo! Quero ter a certeza que estou a fazer tudo bem. Que estou a criar um ser humano decente, carinhoso, sociável, inteligente, apto, desenvolvido, obediente, que ame a vida e as pessoas que fazem parte dela...

E não sei. Simplesmente não sei como "isto" sairá.

E ele não ajuda muito. Aliás, não ajuda nada. Nesse aspecto (e isto dava matéria para mais uns 300 posts) estamos completamente em desacordo.

Ele não tem uma "linha de pensamento ou acção" definida, vai ao sabor da maré. Eu gostaria de ter, pelo menos, uma rota e um destino!

E, se sempre funcionámos bem assim, perfeitos imperfeitos, agora chegámos a um ponto de colisão.

A maneira dele educar irrita-me. Não concordo. Não acho a mais correcta. A mais apropriada.
Ele fica irritado porque eu não o apoio. Porque "vou por trás e contrario-o".
A M. fica irritada porque o pai a irrita. E porque eu fico ali impotente. Para não criar mais tempestade. Ou porque intervenho e o pai se irrita e sai dali irritado. E me irrita.

E quando estamos assim, todos irritados, só me apetece fugir. Só me apetece deixar tudo, viver a vida de outros.

Queria não ter casado, queria não ter tido a M.... Queria a minha vida de volta.
Queria ter feito outras escolhas.

Odeio-os e amo-os mais que tudo.  
Does this make any sense at all?

2 comentários:

V. disse...

Sim faz sentido e não vale a pena pensar nisso, mesmo, porque as escolhas já estão feitas.
Quanto à educação é uma questão de tocar de improviso, os manuais e conselhos só atrapalham, eu não quero nem ouvi-los...

Liℓiαnα☆ disse...

Quanto a educar filhos não posso dar conselhos, pois não estou "virada para esse lado" e porque já tenho um "puto" em casa, que devia de ser o meu homem, mas mais parece o meu filho, mas pronto...

A minha mãe disse: "Quando tiveres filhos, vão ser 3x piores que tu!"
Pelos vistos em pequena eu era uma verdadeira TERRORISTA (Claro que quem me conhecer e ler isto, vai dizer: "ERAS?!" mas se eu sou conhecida pelo meu mau feitio (e não só, vá... hoje preciso de mimos e não tenho, não me vou atacar) mas sei que pais, avós, tios dizem que eu tinha um talento especial "para fazer as maiores birras do mundo especialmente em festas, e quanto mais gente tivesse, melhor"...
Se há dias em que nem eu própria me aguento, nah...
Só te tenho a desejar boa sorte e que um dia tudo tenha valido a pena...certo? :*