sexta-feira, 31 de maio de 2013

Estou presa...

Presa a ele, presa a ela, presa aos contratos, presa às ideologias, presa neste corpo, presa às convenções, presa ao emprego responsável, presa às mentalidades, presa ao que esperam de mim, presa ao que eu espero de mim, presa à vida que me escolheu, presa aos dogmas, presa aos "nãos", presa aos maus olhares, presa àquilo que outros dizem e sentem, presa ao que não posso, não
devo sentir.

Gostava de poder cortar o cabelo curto e pintá-lo de loiro platinado.
Ou vermelho. Só para sentir que posso escolher.

Gostava de poder gritar na rua. Beber de mais. Rir sem razão. Ser livre.

Fazer o que eu escolhesse. E não ter que escolher as escolhas que a vida que me escolheu, escolheu por mim.

Wishful thinking!

Como já só faltam 7 dias e 6 horas para me pôr a andar daqui para fora, rumo ao país do meu coração, já só penso nisto...


















E a maior parte das fotos é de comida! Porque será? Lá se vão os quase 3kg a menos...

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Domestic chaos

Eu juro que era organizadinha!

Sim, era. Not anymore...

Eu tinha listas de compras de supermercado, eu tinha menus semanais, eu tinha listas de itens a levam em viagem meses antes da dita viagem, eu tinha lista de compras "gerais" para a casa, eu tinha tarefas e "to-dos" diários bem organizados, eu tinha planos, eu tinha projectos, eu tinha metas e objectivos.

Tinha.

E agora a minha casa transformou-se no caos. 
Really. Nunca vi algo tão signo de Hoarding: Buried Alive.

Ontem tive que ir vasculhar a roupa que (ainda!) estava na máquina de secar, para ser estendida, à procura duns boxers para ele. Senão corria o risco de hoje ir "livre" livremente para o trabalho.

Ainda tenho a taça com o resto de pipocas do filme de Domingo, na banca.

Os Lego estão todos espalhados pela sala. E a tábua continua lá, como lembrete da roupa para passar a ferro que continua enclausurada no armário. 

A cadeira do nosso quarto foi engolida pelo monte de roupa.

E os biblots da mesa de cabeceira são as toalhitas, o creme muda-fraldas e uma fralda de pano.

O frigorífico levou aquela limpeza geral que tanto precisava e retirei de lá tupperwares com micro-organismos (criei vida!).

E no quarto da M. encontro os objectos mais surpreendentes (as taças do conjunto de fondue; os pauzinhos chineses; gel do cabelo e maquilhagem variada).

E hoje é dia de ir às compras e eu queria ter feito uma lista. Comecei, depois fui procurar modelos online. Não gostei de nenhum. Recomecei a minha lista no computador (ah, pra dar um ar mais profissional à coisa e tal). E apaguei tudo. Estou sem paciência para listas e listinhas e planos. Vou lá, trago o que me apetecer e o que vir e pronto.

E a casa? Oh well, so long we still have boxers in the hangar, no worries...


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sometimes it's all you can do.


Sabem quando algo vos suga as energias?
Quando sabem que não é aquilo que querem, que vos faz bem, mas não gostam do sabor da mudança?

Às vezes a única coisa que podemos fazer é mesmo virar a página.

E sorrir. Porque ainda vos têm a vocês. E a quem dedicam o vosso coração. O resto é só mais uma página...

Hello Monday!


Às vezes até sabe bem que seja Segunda-feira.

Don't get me wrong! Não é o acordar, levantar-me, correr atrás dum mini ser cheio de energia às 8h da manhã, tentar enfiar-lhe qualquer coisa enquanto esbraceja e esperneia, correr mais um pouco atrás dela para que não se escapule pelas escadas abaixo, tentar apertá-la na cadeira enquanto parece ter ataques do demo, que sabe bem!

É da calma de chegar ao escritório e, depois dum fim-de-semana a 1000 à hora, finalmente descansar...

Ah, as ironias da vida. ;)


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Comentários que viram posts #2

Em relação a isto do co-sleeping há muito que se diga...

Neste post o que mais gostei (e está na lista "a reter para a posteridade") é:

"Primeiro têm-se certezas, depois filhos!"


Nós éramos assim acerca do co-sleeping. "Dormir na nossa cama? Nem pensar!"

E depois daqueles 45cm de gente virem conhecer o mundo, só pensava "mas se nós também não gostamos de dormir sozinhos e dormimos os dois agarradinhos, e nem imaginamos as noites de outra forma, porque não tem esta criaturinha nova TODO o direito de partilhar os mesmos miminhos?"

Porque é verdade, não é? Nós gostamos de dormir sozinhos? Eu não...
Então porque havíamos de obrigá-los...? Ainda hoje fico cheia de pena quando a vejo a dormir na caminha dela, mas sei que é ela própria que prefere assim... :) A miúda é cheia de calores e não gosta muito de dormir connosco na cama... Graças a Deus, porque (e apesar de me saber muitíssimo bem aquele miminho matinal e antes de dormir, aquela "ronha" a três, dormir à séria é impossível quando está na nossa cama uma mini acrobata que rebola e se põe nas posições mais estranhas e acha ainda que dar pontapés na nossa cara durante a noite é super fixe!)

No entanto, sempre tive medo que o meu sono pesado pudesse causar qualquer acidente e, por isso, ela dormia connosco mas na sua alcofa. :) Ficávamos ali os três nos miminhos até adormecer e depois ia para a alcofa. E depois foi para o berço, mas continuou no nosso quarto. Até que foi definitivamente para o quarto aos 6meses. Porque já sentia necessidade. Porque queria dormir no seu espaço, com os seus brinquedos, com a sua parede de borboletas a vigiá-la...

Ela ficou melhor e nós tivemos mais espaço na cama e, finalmente, acabou-se o esbarramento de canelas contra todas as esquinas dos móveis, no quarto.
Mas tudo aconteceu naturalmente, sem imposições de "teorias" que funcionam bem é nos livros ou nos filhos dos outros.

A vida de casal permanece. E se estão a pensar nas relações íntimas, haja imaginação, pessoal! ;)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

E o casamento, como foi?!

Foi lindo!!!

A cerimónia realizou-se em duas partes: civil e religiosa, em dias diferentes...
Já na sexta-feira (cerimónia civil) Miss M tinha-se portado lindamente, a entregar as alianças, avançando devagarinho em direcção à tribuna, com um grande sorriso!

No Domingo (cerimónia religiosa) não podia ter corrido melhor!

Houve alguns contratempos de manhã como aqui a je deixar as chaves na porta e fechá-la (e sermos obrigados a arrombar a nossa própria casa às 3h30 da manhã), e Miss M não dormiu nada, sendo que a única vez que a fui pôr no berço (ainda de grades), passado uns 5  minutos fui encontrá-la de perninha de fora por cima das grades, prontinha a dar o impulso final para o chão... Graças a Deus ficou presa!

Ainda assim, a princesinha da festa estava linda e super feliz! Esteve sorridente durante toda a cerimónia e, quando o momento de entregar as alianças chegou, foi direitinha, de sorriso nos lábios, a olhar para a assistência... Entregou a flor das alianças, virou-se para o fotógrafo e camerman e para todos na assistência, bateu palmas e disse "Bravo"...

Foi O momento da festa! Todos riram, quiseram tirar fotos com ela e foi o centro das atenções durante todo o dia...

O sítio era maravilhoso, o tempo belga até ajudou durante o tempo em que estivemos a aproveitar o jardim exterior, os meus amigos (oi noivos) estavam mais que felizes, radiantes!

A-do-ra-ram as nossas surpresas, principalmente o primeiro filme em que gravámos as cenas mais importantes da vida a dois - como se conheceram, a primeira saída, as primeiras férias, o pedido de casamento - com outros "actores" e criámos o "Filme das Vossas Vidas", tudo em recriação ridícula, claro está! Um espectáculo!

E, ainda que a noiva me tivesse prometido que não ia chorar, não contiveram as lágrimas no segundo vídeo surpresa que fiz... Fiz um álbum em scrapbook com fotos deles e as qualidades do amor - puro, inocente, inextinguivel, ... - juntamente com fotos deles e dedicatórias. Depois gravámos o desfolhar do álbum e adicionámos um vídeo com as fotos de família, amigos e dos dois, com dedicatórias. No final, entregámos o álbum em mãos... Foi lindo... :) 

 A minha Miss M. portou-se muitíssimo bem todo o dia... Correu, brincou, foi ao colo de toda a gente, fazia pose para as fotos, riu-se muito! E até dançou!!! Sozinha ou acompanhada, por adultos ou outros miúdos, não saia da pista de dança... Rodopiava com o vestido e dançava, dançava... Estou morta por ver estas filmagens e fotos, pois ela rodopiou mais quando estava a ser filmada!!! Ahahah

O dia, para ela, acabou perto das 00h, quando adormeceu, na pista de dança, ao colo de um amigo... 

Ah! E o meu vestido foi a sensação! ;) Estava um pouco largo e demasiado comprido (as costureiras não sofrem do mesmo síndrome das cabeleireiras, estou a ver...) mas adorei o corte, a cor, o tecido, a fluidez... Era lindo! 

Por isso, em conclusão, como diria o quarteto: estava tudo muito bom, gostei de tudo. :D 

♥ Tudo a postos... ♥
♥ Muito Orgulho... Muita Baba!!! ♥

♥ Quanto Amor... ♥

♥ We are Family! ♥
♥ Pronto, troquei logo para os rasteirinhos... ♥

♥ Sempre com eles... ♥

♥ Happy! :) ♥
♥ Ooohhh... ♥

♥ Miss M. versão "Anita Mamã".  ♥

♥ R. detesta dançar. Foram uns bons 2min. ♥

♥ A pequenada divertida! ♥

♥ Sempre na pista de dança... Não sai ao papá, não! ♥

Win-Win

(not).

A M. anda numa fase péssima. Desistiu da sopa, não a come nem por nada... Nem a Galinha Pintadinha (essa milagreira) já produz algum efeito!

E eu entendo-a. Juro que entendo. Porque eu (mau hábito ou não) sei o que é ter empatia.
Consigo imaginar-me no lugar dela, a comer sopa ao almoço e ao jantar, invariavelmente, durante quase 12 meses da sua vida. É chato, pois é.

Por isso, desisti eu também da sopa. Lá vou insistindo, mas não tanto quanto (o meu cérebro me diz que) devia.

Então andamos na fase da comida "à séria". Comida de "faca e garfo" ou, neste caso, só garfo. E tem corrido bem... E tem corrido mal, muito mal!

Porque a M. é assim (tinha que sair a mim) e tem esta personalidade bipolar, esquizofrénica, em que um dia é uma pessoa, outro dia, outra. 

E se há dias em que a Miss M. é uma pessoa que come tudo sozinha, pela sua mão (sem sujar o chão de forma a que o mesmo não seja mais perceptível no meio de tanta comida), sem birras, sem babetes a escorrerem de massa com carne, também há dias em que ela não come. Não come e ponto final.

Sim, sim, já tentamos de tudo...

Ser firmes e duros. Não funciona.
Pedir "por favoooor". Não funciona.
Distrai-la. Não funciona.
Chantageá-la. Não funciona.
Deixá-la sem comer. Não funciona.
Abrir-lhe a boca à força e empurrar para lá a comida. Não funciona.
Deixá-la na cama de castigo e tentar de novo. Não funciona.
Dizer-lhe que "esta é a última, JUROOO". Não funciona.

Se ela não quer, não quer.

Há por aí muito boas mães que vão já pensar que o defeito é nosso, meu e do pai. Porque somos muito brandos, porque somos muito duros, porque a chateamos demais, porque não a chateamos o suficiente, porque lhe fazemos as vontades, porque não sabemos "levá-la", porque o castigo não resolve nada, porque o castigo tem que ser mais tempo. Bla bla bla... Estou farta de teorias mirabolantes de outros filhos.

Essas mães não têm a M.
Essas mães não conhecem a M.
Essas mães não saberiam como agir com a M. Como eu não sei, admito.

As crianças são diferentes e estão diferentes, de dia para dia.

E a cada dia tenho que aprender a lidar com ela, naquele dia.

Há uns dias atrás não queria comer a carne. Queria iogurtes.
Não deixámos. Também não comeu a carne.
Foi para o quarto de castigo e voltou. Eu sabia que ela estava cheia de fome, porque já tinham passado há muito as três horas de intervalo entre a última refeição. Não comeu a carne.

O que é que eu fiz? Enganei-me.

Disse-lhe "ok, vou-te dar os iogurtes mas depois comes a carne ou vais de castigo."

Eu já sabia que ela não ia comer a carne. Mas ao menos não foi de castigo de barriga vazia.
E foi. Comeu os iogurtes, não comeu a carne. Foi de castigo e adormeceu...

Eu gosto de acreditar que no cérebrozinho dela, eu venci. Porque afinal cumpri a minha promessa de castigo.

Mas isso é o que EU gosto de acreditar. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Posts para tu não leres* #1

*a M.

Hoje é o dia em que não queria ter sido mãe. 

É o dia em que olho para ela e penso "porque raio vieste tu complicar-me ainda mais a vida já complicada?".

É o dia em que tudo o que o meu cérebro pensa "era tão mais fácil não ter crianças por quem estar sempre a olhar, educar, desesperar..."

Em que eu acho que não tenho habilidade nenhuma nisto de ser mãe.

É aquele dia em que os meus sentimentos mais tenebrosos vêm ao de cima e eu acredito que "não quis esta bebé e nunca a vou aceitar plenamente". 

É o dia em que me esqueço de todas as coisas boas e oiço apenas o choro, ininterrupto, que me deixa descontrolada.

Aquele dia em que acredito piamente que tu sentes que eu não te amo tão plenamente como uma mãe devia amar. 

Um dia em que a razão se sobrepõe à emoção e ao sentimento e eu faço uma lista mental dos benefícios de ser mãe. E não encontro nenhum.

O dia em que acho que vieste estragar um pouco a nossa relação de perfeitos-imperfeitos, porque agora estamos os dois desgastados, stressados, sem conseguir concordar nos pontos mais importantes. 

 Hoje é o dia em que desejo ser mãe daqueles bebés de revista, ou de colos alheios, tão sossegadinhos, que dão beijinhos e abraços às mães, que obedecem, que não fazem birras e comem tudo. Que não lutam, lutam, lutam... 

Hoje é aquele dia em que me sinto a pior pessoa no mundo, por ser aquele dia. 

E é o dia em que escrevo para mim, não para ti. Porque tu só tens que saber o que acontece na maioria dos dias. E na maioria dos dias eu amo-te com um amor desmedido, irracional, cego, de Mãe. Mas hoje não.

E, mesmo que não saibas disso, desculpa-me. Desculpa ter sido esta a Mãe que te calhou... Merecias mais, meu amor... Muito melhor.





Coisas óbvias

É óbvio que, quando já se está atrasada de manhã porque um *qualquer* mini-ser decidiu ficar acordado até às 23h e na manhã seguinte não se queria levantar, esse mesmo mini-ser vomita a cama com tosse e dá uma palmada tão grande na colher do remédio que a mãe do mini-ser tem que trocar de roupa e tomar um banho "à gato" (não há tempo para mais) só para não ir pegajosa de Rhinathiol, porque o cheiro isso já ninguém lhe tira... 

Ah, as belezas da maternidade! 


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Modern Me

É, eu continuo viciada em Modern Family.

Claro que, entre toda a confusão e "to do's" na minha vida neste momento, não tenho quase acompanhado os episódios...

Mas!, não podia deixar de partilhar uma cena que fez tanto sentido para mim, neste momento...


Cam leva Lily até Glória com o pretexto de "estarem nas redondezas".

Cam explica a verdadeira razão: "Lily estava a deixar-me louco toda a manhã. Tinha que me livrar dela!"

Lily chora e vemos o Mitch desesperado.

Cam sai do quarto e diz: "Ela recusa vestir-se."

Mitch: "Tentou suborná-la?"

Cam: "Claroooooo que tentei!" Atira a roupa a Mitch e remata: "Eu não posso voltar ali."

Mitch: "Mas porque é que decidimos ter uma filha?!"

Cam: "I don't know."

Porque há momentos assim... Sem cor-de-rosas, sem florzinhas, sem coraçõezinhos. Sem mimos, sem risos e sem brincadeiras.

Momentos em que ela chora. Chora, chora, chora. Só porque sim... Porque tem sono e não quer dormir. Ou porque tem fome e quer iogurtes em vez do jantar. Ou porque quer ficar acordada quando já passa muito da hora de ir dormir. Ou porque quer bater-nos. Ou porque quer brincar com os garfinhos da fondue...

E é nesses momentos em que penso: "How on earth is this rewarding again?"

Menina M., a Rufia

Disseram-me na creche que a M. bate e empurra os outros meninos, quando acha que estão a entrar no seu espaço...
Além do mais, quando a põem no canto (onde basicamente a espera uma cadeira igual às outras, de onde ela se pode escapulir com uma perna atrás das costas, de pé coxinho e a saltar à corda) óbvio que ela não fica lá mais de ... 1segundo. É o tempo de se levantar.

Hmm, ok... E agora? O que é que eu faço?

Ralho e digo-lhe para não bater? Check.
Ralho e digo-lhe para não empurrar? Check.
Ponho-a de castigo na cama (de onde não tem hipótese de sair)? Check.
Tudo isto quando ela tem estes comportamentos, em casa, claro está...

E mais? O que é que se faz a uma mini Rufia/Pugilista, de 80cm e 10,5kg, que acha que é a Boss da Máfia, quando na verdade é a mais nova e pequenina de todos na sala?

Senta-se e espera-se com muito fervor que tal criança não cresca e venha a ser a chefe da verdadeira Máfia? Se bem que isso até traria algumas vantagens... Hm...

terça-feira, 14 de maio de 2013

Angelina Jolie e a coragem.

Li hoje que a melhor actriz de sempre (na minha perspectiva, obviously) fez uma mastectomia dupla!!! preventiva... Leiga (felizmente!!!) como eu, nem sabia o que isso era... Vá, a parte do preventiva.


Ela descobriu ter o gene do cancro da mama o que lhe daria 87% de probabilidades de desenvolver o mesmo... Vai daí, não esteve de modas e, para não ver os seus filhos sofrer o que ela própria sofreu (visto que a sua mãe também lutou contra a doença), optou pela escolha mais "segura", mas nem assim menos dolorosa...

Admito que não sei se teria a mesma coragem...
Se não viveria na esperança de me encolher ali nos 13% e salvar as "amigas". Sei que, depois da gravidez, as tais nunca mais foram as mesmas e ainda hoje tenho vergonha de as despir à frente dele.

Por isso, uau!

Gostava de ter a mesma clareza, o mesmo amor-próprio e a mesma força que esta mulher tem (já nem falo no resto, não é?).

Vou estar atenta ao artigo que a prórpia escreveu My medical choice e como ela descreveu todo o processo e como se foi sentindo...

E vai ser lindo de ver o maior sex symbol do planeta, dar a volta por cima e redefinir para muitos o conteito de beleza!

Que exemplo!

I just don't know what to do...

A maré de trsiteza e desalento continuam a empurrar o barco de cá.

Há dias, semanas, horas ou minutos assim. Há que esperar que os ventos mudem. Mas até lá, pelo menos deito fora algum peso deste "barco".

É que ultimamente ando mesmo à deriva. Sem saber o que fazer, como fazer.
Pensei que a pior fase da M. tinha passado e que agora seriam só "rainbows and butterflies". Ah ah. I wish.

Saber educar requer mais arte e ciência do que como lhe dar banho, trocar fraldas, que leite é aconselhável, como fazer receitas para bebé, como evitar que se magoe, como brincar, o que fazer em caso de febre, ou queda, ou corte tudo junto!

E eu não sei. Não sei mesmo. Ainda não encontrei o Manual de Instruções adequado (funny, right? Já que escreve-los é o meu trabalho...) e desconfio que nunca encontrarei.

A M. é uma pestinha. Mesmo pestinha, com uma energia que não acaba mais. Eu sei que neste momento passa nas vossas cabeças "ah sim, o meu/a minha também é uma peste!" mas vocês não sabem o que é ser peste até terem conhecido a M.

Don't get me wrong. Ela também consegue ser fofinha e querida e miminhos. Quando quer. Para quem quer.

Se há coisa que a miúda sabe bem é o que quer, quando quer e de que maneira quer. Nisto não saiu à mãe, não.

E eu não sei como contrariar, se devo contrariar, se devo insistir, se não devo insistir, se devo dar palmadas, se não devo dar palmadas, se devo ralhar, se devo deixá-la ser a indiazinha que é...

Não sei, 
não sei, 
não sei!!!

E eu sou pessoa de gostar de saber tudo! Quero ter a certeza que estou a fazer tudo bem. Que estou a criar um ser humano decente, carinhoso, sociável, inteligente, apto, desenvolvido, obediente, que ame a vida e as pessoas que fazem parte dela...

E não sei. Simplesmente não sei como "isto" sairá.

E ele não ajuda muito. Aliás, não ajuda nada. Nesse aspecto (e isto dava matéria para mais uns 300 posts) estamos completamente em desacordo.

Ele não tem uma "linha de pensamento ou acção" definida, vai ao sabor da maré. Eu gostaria de ter, pelo menos, uma rota e um destino!

E, se sempre funcionámos bem assim, perfeitos imperfeitos, agora chegámos a um ponto de colisão.

A maneira dele educar irrita-me. Não concordo. Não acho a mais correcta. A mais apropriada.
Ele fica irritado porque eu não o apoio. Porque "vou por trás e contrario-o".
A M. fica irritada porque o pai a irrita. E porque eu fico ali impotente. Para não criar mais tempestade. Ou porque intervenho e o pai se irrita e sai dali irritado. E me irrita.

E quando estamos assim, todos irritados, só me apetece fugir. Só me apetece deixar tudo, viver a vida de outros.

Queria não ter casado, queria não ter tido a M.... Queria a minha vida de volta.
Queria ter feito outras escolhas.

Odeio-os e amo-os mais que tudo.  
Does this make any sense at all?

segunda-feira, 13 de maio de 2013

When they steal a piece of you...


♥ Baby Love ♥ há 19 meses

Mesmo que não me apeteça escrever sobre qualquer outra coisa, escrevo-te a ti.
Isso é algo com que sempre poderás contar.

E hoje já fazes 19 meses. Um ano, 7 meses. E és a minha pequena mulherzinha.

Repetes tudo o que dizemos, tens a tua própria vontade (que não deve ser contrariada!), és inteligente e sabes como conseguir o que queres...

Continuas muito sociável, risonha, a alma de todas as festas...Reclamas se algum estranho na rua não te der atenção!

Gostas de muitas pessoas e tens muitas pessoas que te amam...

E, eu sei que tu és pequenina.
Eu sei que me vais amar a mim mais do que a qualquer outro.
Eu sei que não tens culpa...
Mas, eu não sou a pessoa que tu mais amas. Pelo menos é como me sinto. Hoje.

Dizes-me adeus com facilidade quando te entrego nos braços da vóvó...
Preferes o colo do papá quando te magoas...
Chamas pelo vôvô quando vês a foto dele no corredor...
Esticas os bracinhos quando vês a D. passar.
Foges, a correr, para ir ter com o H....
Reclamas o colo do M.
Dizes-me adeus dos braços deles...

E isso estilhaça um bocadinho o meu coração... Porque eu queria que tu me amasses como eu te amo a ti.
Imensuravelmente. Profundamente, com todas as minhas forças! 
Eu queria que tu me visses como eu te vejo, e fosse a tua pessoa preferida, como tu és a minha.
Queria que chorasses quando me vou embora, como eu choro por dentro quando te entrego.
Que sentisses a minha falta, como eu morro de saudades de ti. 

A culpa é minha, bem sei... Sempre quis, tentei que fosses sociável, amigável para toda a gente.
Não queria que te apegasses demais a mim, só, para não sofreres com a minha ausência. 
Quis continuar a ser mulher, e amiga, e esposa, e irmã, e filha, e profissional, e sobrinha, e neta... E não apenas mãe.

E agora arrependo-me... Porque sou tudo isso, mas não sou acima de tudo mãe. Não. Sou tudo.
E uma parte de mim queria tanto que quisesse ser apenas mãe, tua mãe...

Mas deixa-me dizer-te que não me sinto mais feliz a ser mulher, e amiga, e esposa, e irmã, e filha, e profissional, e sobrinha, e neta do que tua mãe. 

 E vou sempre ser, como sou, aquela que te educa (como a vóvó não faz), aquela que tem mais paciência para as tuas birras (que o papá não tem), aquela que te enche de beijinhos (mais do que o vôvô) aquela que anda de gatas no chão contigo (como a D.), aquela que te protege sempre (mais do que o H.), aquela que te troca as fraldas (que é impensável para o M.) e aquela que te ama mais do que todos...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Comentários que viram posts #1

Porque este mundo da blogosfera é mesmo assim uma troca e reposição de ideias anónima, há certos comentários que me dizem tanto que merecem ser transformados em posts.

Foi o caso deste artigo (já nem digo post porque é palavra simples demais para descrever tanta lucidez e lógica).

Se entendo que pode ser cansativo ter um trabalho a "full-time" e ainda assim chegar a casa e tomar conta da criançada, também acrescento que "quem corre por gosto não cansa".

Talvez seja demasiado cansativo para alguns homens tomar conta dos seus pequenos, mas não o é ir para a garagem "biscanar" qualquer coisa. Ou tratar do jardim, ou andar de mota, ou qualquer outra coisa que lhe dê PRAZER. Ora, tomar conta do seu filho devia ser o que lhe dá mais PRAZER, ainda mais visto que já ficou "10 a 12 horas" fora de casa, sem lhe pôr a vista em cima.

É natural que esta perspectiva não seja tão linear assim todoooos os dias. Há dias em que até eu, como mãe (mas há mesmo diferença entre mãe e pai?! é um mais que o outro?), chego a casa e só quero estar quietinha no sofá, sem andar de gatas no chão a correr atrás duma miúda de 18 meses. Aí é que entra o pai. E vice-versa.

Tudo requer equilibrio, divisão de prazeres e muito amor. Com amor, nada é realmente uma tarefa.

Tenho a sorte de ter alguém ao meu lado que não usa desculpas como "tu és a mãe, portanto esta é a tua tarefa". Quando é preciso, vai. À noite, nos raros casos da M. acordar às três da manhã aos berros, vamos os dois à vez. Se ela não se calar só com a reposição da chupeta, ficamos lá os dois.
Eu dou-lhe o jantar, porque gosto, ele dá banho quase sempre, porque prefere. Brincar? Brincamos os dois. Educar? Educamos os dois. E amar? Amamos muito, os dois.

Ah! E já nem falo muito da amamentação, porque à conta de perspectivas como "a amamentação é a MELHOR coisa do mundo" e "se não amamentares és um ovo podre" sofri durante três meses. Chorei baba e ranho sempre que a M. acordava para mamar e sofria quando olhava para o relógio e via a hora da próxima "rodada" a aproximar-se. Será que isso é realmente o melhor para a criança?
Graças a Deus que desisti da ideia e passei para o biberão. E foi aí que comecei a aproveitar e desfrutar a experiência por completo!

O momento de afeição, carinho e amor de alimentar a minha filha? Tive-o sempre que quis. Ela estava nos meus braços, enconstada ao meu peito, a olhar para mim. Isto sim é a relação que se cria entre mãe e filh@.

Pais? São os dois. Um carregou-@ dentro de si durante 9 meses, o outro carregá-l@-á para sempre também.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Nova(s) conquista(s)

Chamares "chata" à mamã...

Linda conquista sim senhor (not)!

Pois é, miss M. descobriu a fala.E numa semana, começaste a dizer muitas palavras novas. A palavra preferido é ... não. Já dizes um "não" muito perfeitinho e repetes sem conta, até nos levares à exaustão. Tudo é "nãaaaoooo". Assim um "nãooo" fofiiinhhooo, com olhinhos de gato das botas a acompanhar.

Dizes cão, água, chocolate!!!, o teu nome, creche... E entendes tudo, tanto em Português, como em Francês. Acontece que, quando não te convém, finjes-te de despercebida e, muito lentamente, viras a cabeça para o lado, olhando de soslaio... (E eu adoro!!!)

Também formaste a tua primeira frase: papá, anda cá!


Já estás uma crescida, minha pinipon...





E a modos que (é) foi isto.

A demanda pelo segundo vestido para o casamento que acontece daqui a 15 dias, já começou.

E acabou (Wishful thinking!!!)!

Depois de uma "hora de almoço" de quatro horas (quem vai ser despedida, quem vai?!) e muuuuuiiiitaaaaa roupa experimentada, aqui ficam os top (que são quase todos... ahah).

O preferidinho! Adorei. E ainda está reservado...
Largo! Opa, mas a Mango anda a passar-se nos números?! Isto é um S!

Segundo preferidinho...
Muito largo, mas sooo girly!

O top é lindo, mas .... this is not mi. ;)
Butterflies! Também muito largo... E era o S.
Hm, este preço não me agradou. 99€ por um 2º vestido é demais. Até para mim.

Sexy little black dress! ;)


Muito formal?

Largooooo!!! Não tenho boobies!!! Noooo!
Ahaha Sexy tigresse... Not mi. ;)

Apesar das várias opções, não houve nenhum que me fizesse "o coração bater mais forte" (e silenciar a vozinha de fundo na minha consciência, do R., a dizer "não gastes dinheiroooo, não gastes dinheiroooo"..).

Reservei o amarelinho, que foi o que me encheu mais as medidas (embora não o tenha comprado logo porque tenho uma laranja quase quase igual - o tecido é igual, o corte é o mesmo, só que tem alças - e não queria ouvir o R. "é igualzinhoooo ao outro!!!"). 

Depois dum "giro" na Zara (thumbs down!) e outro na H&M, este peplum pink fez-me mesmo arregalar os olhos! As fotos não lhe fazem justiça (que cor é esta?!), mas o tecido, o corte, o peso (sim, é mesmo pesado), a renda, os acabamentos, são lin-dos!

Foto nos provadores da H&M.



O que mais gosto são as sandalinhas crocs...


O preçoooo!!!


Tanto mãe como irmã não me deixaram vir embora sem ele. (será porque já estavam era fartas de tanto "tira roupa, põe roupa"??? Naaaa. Afinal somos do mesmo sangue.)


Claro que depois faltava a saia. E eu não queria o mesmo look peplum+saia+justinha de sempre (já tenho umas três saias e dois vestidos assim).

O que eu queria meeeeeeesmo era isto:


Esta menina chama-se Sydne e tem o blog SydneStyle. Super recomendo!
Ela criou três looks com o tal peplum da H&M, sendo este o mais sofisticado. ;)

E pronto, a saia já vem a caminho de terras de Sua Majestade e já tenho clutch e sapatinhos pretos a combinar.

Mesmo assim, a minha mente ainda foge para o tal amarelinho...

What do you think? Fiz bem em trocar yellow por pink?! :)

(Epa, este blog anda mesmo "fútil"! Valha-me-Deus-o-que-um-casamento-faz-a-uma-pessoa!!!)