segunda-feira, 29 de julho de 2013

Inveja boa

Como é que eu hei-de escrever isto sem parecer mesquinho, invejoso e picuinhas? Ah, whatever! Eles sabem que eu os "odeio e amo"... ;)

Nós temos um casal amigo. Ele tem a idade do R., ela é exactamente 1 ano mais nova do que eu (mesmo dia, mesmo mês).

Eles também têm uma menina, de 3 anos e meio (com problemas de saúde graves mas controlados que não têm a ver com o caso agora).

Vivem no Luxemburgo, ela trabalha apenas 15h por semana, ele é "preparador de automóveis torna-se ajudante de mecânico" e ganha mais do que eu. Assim... bem mais.

Nenhum tem estudos, nenhum se esforçou/esforça muito nos seus trabalhos. Saem cedo, têm dias de folga, não trazem trabalho para casa... Não sofrem com patrões!

Este ano, trocaram de carro outra vez. Compraram o novo modelo do carro que já tinham - enorme, claro, e excelente. Depois compraram uma moto 4 "só pra dar umas voltinhas, um Sábado por mês" e dois capacetes de um terço do meu ordenado cada um. E outro carro, mais pequeno, para ela.

Foram a Portugal um mês. Não conseguiram trazer toda a roupa nova e outros afins, que compraram na mala gigante da carrinha. Ainda têm coisas para trazer. Ofereceram à M. um vestido pelo qual eu andei a babar, mas esperava os saldos para comprar por ser estupidamente caro.

Agora ela está de férias mais duas semanas, porque o consultório onde ela é recepcionista vai fechar. Relembro que já estiveram um MÊS inteiro em Portugal.

Ele está de licença paternal até Outubro. Já começou em Abril. E ganha mais do que eu.

Eles vão de férias connosco em Setembro. AS FÉRIAS que eu anseio como alguém no deserto por água...
E ela anda à procura de "outro destino" para fazerem férias a três em Agosto. "Talvez duas semanas em Maiorca ou na Sardenha, não queremos gastar muito..."

Please, someone shoot me!!! 

Ou então dêem-me rapidamente uma GRANDE dose de realidade, porque isto, só pode ser fantasia... (A fantasia dos meus sonhos, true).

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Quando "somos apenas humanos"

O ser humano acha-se o maior.

Foi à lua, descobriu cura para mil doenças, desenvolveu super computadores, aviões a jacto, resolveu os mistérios do Universo. E acha-se perfeito.

O pior é quando todos os outros humanos esperam também perfeição.

Quando eventualmente alguém erra, é imperdoável. A frase "somos apenas humanos" não faz sentido e não é suficiente.

Foi o que disse o maquinista do comboio que circulava a velocidade acima do permitido. E todos os outros humanos perfeitos insurgiram-se! Com tochas e forcas foram directos ao abate.

É como se as 78 família que ficaram desfeitas possam apenas descansar se mais um for despedaçada. Se mais uma vida que, milagrosamente foi "poupada", for tirada. Porque aquele humano devia ter sido perfeito. E errou. (E nem falo nas causas do erro, que são ainda desconhecidas... É, no entanto, muito estranho que a tecnologia de hoje permita que o "erro humano" não seja minimizado...)

Como todos nós, simples mortais, imperfeitos, erramos. Todos os dias.

Quem pode dizer que nunca circulou a mais velocidade do que a permitida? Tantas vezes com os nossos filhos, sobrinhos, amigos connosco? Quantas vezes pensámos "que sorte não ter batido"!? Então não somos também monstros sem coração? Um pai que, por cometer um pequeno erro mata o seu próprio filho, não tem que viver com isso na sua consciência para sempre? Haverá pior castigo do que este?

Bem sei que este homem não era pai de nenhum dos "filhos" que seguiam no comboio. E tenho a certeza que eu própria não conseguiria ser tão racional se pertencesse a uma das 78 famílias. Mas gostava de pensar que não ia querer "olho por olho, dente por dente". Ou simplesmente alguém a quem apontar o dedo.

Quero pensar que poderia ter compaixão também daquele homem e daquela família, que a par das outras 78, ficou destruída hoje.

E nem era preciso que o mundo inteiro a destruísse.

ADENDA: Parece que o tal "senhor" que eu defendi de forma tão acérrima andava a gabar-se das suas conquistas ao estilo Fast and Furious.

Não sei o que mais me choca... Se (re)descobrir que o ser humano está para lá de salvação ou saber que este homem, que trabalhava há mais de 30 anos nesta profissão, "se sucidou" matando com ele 80 pessoas...

Só sei uma coisa. Às vezes, "somos só humanos" não é MESMO suficiente... E se pode ser uma escusa para acidentes, não é nem pode ser, desculpa para actos DELIBERADOS de irresponsabilidade!

Por isso, não, não apagarei o que escrevi. Como "reminder" de que há uma linha muito ténue entre o "somos apenas humanos" e o "insolência humana".

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Give up

Quando é que se deve desistir?

Desistir sabendo que não há volta a dar, que não se falhou em tentativas. Desistir, desistindo de algo que se sabe não mudar. Não ter retorno.

Quando é que deixamos de ser desistentes, para sermos corajosos? E quando é que devemos admitir que já é tempo de desistir?

O que é que dita que não é tempo ainda de desistir? Quando ainda dói? Não doerá sempre? Mesmo desistindo?

Ou desistimos quando já não houver nada dentro de nós? Quando a última réstia de esperança falhar? Quando não houver mais combustível? E se, ao longo do caminho, formos sempre abastecendo aos poucos, só até chegarmos ao destino, e esse destino nunca mais vem? Quando é que é tempo de, mesmo com algum combustível, pararmos o carro e desistirmos?

Fazer marcha atrás não é uma solução. O caminho percorrido já era. Foi destruído pelo passar dos anos e agora não é mais do que uma recordação.

É esse motivo suficiente para continuarmos na estrada? A recordação do caminho que trilhámos?Ou é altura de desistir e encontrar um atalho? Outro caminho? Ou outro destino?

Devemos continuar a teimar em chegar ao destino, que nem sabemos existir? Ou devemos apenas desistir?

Será que a vida não é mais do que isto? Algumas bombas ao longo do caminho, dando-nos a energia necessária para continuar o caminho pelo meio do deserto, até encontrarmos um oásis, que não passa duma miragem?


terça-feira, 23 de julho de 2013

A Palmada

Foi hoje... 

Hoje dei-te a tua primeira Palmada, com P maiúsculo, aquelas que doem. 

Estavas a fazer asneiras, a testar os limites, como sempre fazes. E foste para o castigo, que tão bem conheces. Mas hoje aventuraste-te, quiseste testar ainda mais o limite, roçar a fronteira com o proibido e o "deixa ver o que acontece"... 

Hoje eu queria ter-te sacudido o pó da fralda, como noutros dias. Mas hoje a minha mão pesou, fugiu-me do corpo e do controle e atingiu-te com mais força que eu queria. Que eu alguma vez queria. 

Choraste mas quem chorou mais fui eu. Os meus dedos ainda estão um pouco marcados na tua pele branquinha, suave e macia. Mas estão ainda mais marcados no meu coração, com um fogo, um peso, uma angústia de saber que, mais uma vez, falhei-te. 

Não percebes ainda mas um dia irás perceber, quando te repetir que todas as palmadas, sacudidelas de pó e castigos que te dei, magoaram-me cem vezes mais a mim do que a ti... 

Cory Monteith - o Rescaldo

Sim, eu admito. Sou pessoa de ter como autora preferida de todos os tempos a Agatha Christie e depois ler Harry Potter's (para minha defesa, achei todos os livros super bem escritos, a par de uma história brilhante e vibrante em pormenores!) e Vampire stuff, and so on.

E também vejo Glee. Gosto das histórias, das personagens, principalmente das músicas, das interpretações! E não podia deixar de me "perder de amores" pelo estilo de menino desajeitado, fofinho e queridinho do Finn, a personagem do Cory.

Por isso custa-me. Opa, pronto, já disse... custa-me horrores saber que ele morreu! Durante uns dias ainda andei ali a esperançar que não tivesse relacionado com drogas, mas afinal foi isso mesmo. E, se me irrita que alguém possa ser tão auto-destrutivo, também fico profundamente angustiada por saber que há por aí no mundo uma rapariga de 20 e poucos anos, que trabalhava diariamente ao lado do seu namorado, que contracenava com ele, cujas personagens eram "O" par romântico da série, que têm imensas músicas e (imagino) momentos especiais e recordações e que agora vai ter que reviver tudo isso, SEM ELE.

Viver o mesmo personagem, as mesmas músicas, as mesmas cenas, sozinha. Enfrentando a morte de alguém tão próximo. E se imagino que será avassalador para alguém que pode tirar umas férias e desvincular-se das coisas que nos fazem lembrar aquela pessoa, posso só imaginar como ela terá que se mostrar forte.

Aí é que se vai ver o calibre da sua performance...



sábado, 13 de julho de 2013

♥ Baby Love ♥ há 20+1 meses

Não to escrevi aqui, mas os teus 20 meses não passaram despercebidos...
Estavas na companhia de quem amas, de quem te ama, a fazer o que te (nos) põe um sorriso nos lábios.

Como sempre foste (és) feliz, despreocupada, segura de ti.

Não percas isso, nunca.

É bom saber que és assim, porque às vezes a mamã assusta-se.
Entra em pânico e não sabe como te fazer crescer, como ser a tua estrada, segura e capaz de te levar a tantas aventuras...

Às vezes penso que vives um milhão de sentimentos, como eu.
Por isso é bom ver que o teu sorriso é genuíno, que o teu olhar é feliz, que os teus olhos são verdadeiramente apaixonados. Que vives sem medos. Só seguranças.

Gosto de saber que és simplista, como o papá. Que gosta das coisas simples, mas correctamente importantes da vida.

Que não complicas, como faz a mamã. Que vives feliz, despreocupada, reguila, energética e muito certa do que és e do que queres.

E és tão faladora! Tão perspicaz, tão despachada... Com tanta energia! Mesmo na creche, não páras 1 min, se não for para dormir.

Tens tanta vida em ti, que nos dás vida a nós!

Adoro ver-te brincar, descer no escorrega sozinha sem medos, partilhares os brinquedos com os outros meninos, correres de pés descalços na relva, rebolares, andares de carrinho com os pés pousados no volante, atirares-te do sofá para o puff, correres para fugires de mim, sempre a gargalhar!

És perfeita.

Desculpa se nem sempre eu sou perfeita para ti. Ou perfeita de todo... 
Mas acredita todas as vezes que te digo "amo a ti".
De manhã ao acordares, à tarde quando te vou buscar à creche, à noite quando te deito... É a minha única verdade... Este grande, imenso amor por ti.

E eu acredito, quando respondes "amo a ti mamã"...


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Prova de como este blog é do mais bipolar que existe...


Woke up in London yesterday
Found myself in the city near Piccadilly
Don't really know how I got here
I got some pictures on my phone

New names and numbers that I don't know
Address to places like Abbey Road
Day turns to night, night turns to whatever we want
We're young enough to say

Oh this has gotta be the good life
This has gotta be the good life
This could really be a good life, good life

Say oh, got this feeling that you can't fight
Like this city is on fire tonight
This could really be a good life
A good, good life

To my friends in New York, I say hello
My friends in L.A. they don't know
Where I've been for the past few years or so
Paris to China to Colorado

Sometimes there's airplanes I can't jump out
Sometimes there's bullshit that don't work now
We all got our stories but please tell me-e-e-e
What there is to complain about

When you're happy like a fool
Let it take you over
When everything is out
You gotta take it in

Oh this has gotta be the good life
This has gotta be the good life
This could really be a good life, good life

Say oh, got this feeling that you can't fight
Like this city is on fire tonight
This could really be a good life
A good, good life

Hopelessly
I feel like there might be something that I'll miss
Hopelessly
I feel like the window closes oh so quick
Hopelessly
I'm taking a mental picture of you now
'Cause hopelessly
The hope is we have so much to feel good about

Oh this has gotta be the good life
This has gotta be the good life
This could really be a good life, good life

Say oh, got this feeling that you can't fight
Like this city is on fire tonight
This could really be a good life
A good, good life

Oh yeah
Good, good life
Good life
Ooh

Listen
My friends in New York, I say hello
My friends in L.A. they don't know
Where I've been for the past few years or so
Paris to China to Colorado

Sometimes there's airplanes I can't jump out
Sometimes there's bullshit that don't work now
We all got our stories but please tell me-e-e-e
What there is to complain about

My job

É tão giro ter três "chefes" a irem de férias todos ao mesmo tempo, com data prevista de regresso algures no final de Agosto (e viva os funcionários da EC!) e nem se lembrarem de te delegar trabalho...

NOT!


A sério que isto só é engraçado e "dream" quando não se está nele... Para mim, not so dreamy, thank you very much!!!

O que me vale são os cursos online que vou fazendo e o PTW (Professional Technical Writing) que ainda agora começou e já me presenteou com 149 páginas e um assignment até 21 Julho!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pé no gesso update

Eu sei que já devia ter feito as 9 sessões de fisioterapia prescritas pelo ortopedista... Eu sei, eu sei!!!

Mas ainda não tive vontade/paciência/coragem/força-para-possivelmente-ter-mais-dores-e-ainda-me-sentir-mais-inútil-do-que-agora... 

Posto isto, continuam as dorzinhas e as minhas amigas ballerinas...


E as saudades que já tenho duns bons high heels!? :(

quarta-feira, 3 de julho de 2013

É por isto que não deito a toalha ao chão...

Dele

"Acho que esse é o nosso problema de agora: só falamos de assuntos e não falamos de nós, não conversamos. Hoje fomos no carro mais de uma hora sem dizer nada... como é isso possível? Tenho ao meu lado a mulher que amo, por quem daria a minha vida sem sequer hesitar um bocadinho e não tenho nada para lhe dizer? Não é verdade... Há muito que te quero dizer! Quero te dizer o quanto te amo. Quero te dizer o quanto te admiro. Quero te dizer que te acho a mulher mais corajosa do mundo que foi capaz de me arrastar para este país quando eu não queria muito e que nos deu o melhor modo de vida que alguma vez tivemos! Sim, também tenho saudades de quando éramos só os dois, mas nós continuamos os dois, mas com mais uma. 

O problema é que acabamos a discutir.. E a culpa é dos dois. Ambos temos algo a dizer sobre todos os assuntos possíveis e não somos capazes de ouvir e calar, a não ser que estejamos de “trombas” e aí já e tarde de mais.

Porque só nos divertimos com outros? Não devíamos nós ser os melhores amigos? E se o fomos por tanto tempo porquê parar agora?
 
Eu não quero parar. Eu quero que sejas a minha melhor amiga, aquela a quem eu posso contar tudo e que não me vai julgar ou criticar... E eu quero ser o amigo a quem tu contas tudo e que mesmo que não concorde muito está lá para te apoiar! Não é impossível e nem sequer é difícil ou algo que nunca tenha acontecido...
 
Precisamos de recomeçar, relembrar, reaprender a amar... 
 
Eu sei que falar é fácil, mas da tua parte é preciso uma coisa: ACREDITAR.
 
Eu acredito, e acho que no fundo tu também acreditas. Mas devias acreditar mais. Devias pensar que sim, é uma fase que vai passar. 
 
Não significa ficar à espera que passe, significa fazer tudo para a melhorar...
 
Não tens saudades de nós?

Eles não vão voltar do nada, é preciso lutar e ninguém o vai fazer por nós.
Depende de ti e mim!
 
Acreditas???"
 
Quero muito acreditar... 

Alguém me explica como?


Aching soul

Não quero dar-te um beijo só porque sim.
Não quero a monotonia na nossa vida.
Não quero pensar constantemente em como seria mais fácil se a M. não existisse, porque poderiamos separa-nos por algum tempo, para ver o que dá.
Não quero que fiques magoado.
Mas também não quero que fiques parado.
Que, quando choro sintas "é só mais uma fase, vai passar".

Não quero que tivesses mudado. Que eu tivesse mudado. Que estejamos a reencontrar-nos pela primeira vez e nada mais faz sentido.
Não quero que deixasses de me abraçar quando sou tirana.
Não quero não querer ter-te na minha vida. Mas é só nisso que penso.
Não quero estar contigo só pelas aparências.
Não quero deixar de sentir borboletas no estômago.
Não quero que me sejas indiferente. Que eu te seja indiferente.
Não quero viver nesta constante montanha russa. Onde ora estou triste, ora estou ok.
Não quero estar ok. O que é isso de estar ok?! Porque tenho que me resignar a estar ok!? Eu quero estar bem, feliz, sentir-me valorizada, amada. Quero sentir isso tudo também por ti. Sentir-te bem, feliz, amado.

Será que chegamos a um ponto de não retorno? Será que o amor se esgotou? A ampulheta deixou de verter areia? O relógio parou?

Como é que isto nos aconteceu? Nós que casámos jovens, que vivemos tantas histórias de amor, que enfretámos tantas adversidades juntos, que sobrevivemos a tudo e todos? Como?

Devíamos dar um tempo, fazer uma pausa, redefinir ideias e arejar sotãos velhos.

Procurar por ele, por aquele amor... Que deve estar no fundo de uma qualquer gaveta.