terça-feira, 20 de agosto de 2013

Problemáticas aos 40

O meu "colega de carteira", que é como quem diz, o colega de sala, tem 40 anos.
É solteiro, nunca foi casado, não tem filhos.
Não tem casa, não tem carro, não tem responsabilidades além do trabalho.

Mas tem problemáticas importantíssimas!
A última questão verdadeiramente existencial é esta: está com uma rapariga mas não tem muita certeza quanto ao futuro juntos porque ela fecha-se e não é tão atenciosa como ele gostaria. Devido ao pai tê-la abandonado quando era criança e um outro amor que não correu muito bem pelo percurso, acabou por se tornar muito reservada, especialmente cautelosa com os homens... E isto apesar de demonstrar por palavras e acções que é a pessoa certa para ele, e que o ama verdadeiramente.

Até aqui tudo muito bem.

Mas agora que o "rapaz" (eu sei que ele tem mais 14 anos do que eu, mas já definimos que eu tenho 26 por fora e 40 por dentro e ele 40 por fora e 26 por dentro, por isso é e será "o rapaz" para mim) já está comprometido, parece que as outras "mulheres-raparigas" (as tais de 40 anos por fora e os 20 e poucos nada amadurecidos por dentro) se aperceberam que o seu backup plan foi à vida e resolveram tomar medidas.

Especialmente uma, por quem ele se mostrou muito interessado durante uns dois anos e nunca retribuiu o interesse, agora aparece do nada e é vê-la a querer marcar jantares, e ela é passeios de bicicleta e movie nights na casa dele e patati patatá...

E o rapaz, confirmando que é realmente um homem como a grande maioria, ainda anda com question marks all over his head, porque se calhar a outra é que é boa e tal....

JEZZ!!! Será que os homens não aprendem!? Escolheram, não escolheram? Estão num relacionamento, certo? Epá, não é um mar de rosas? Nada é. E se já têm 40 anos, deviam saber bem disso.

Mas não se pode andar a saltar "de galho em galho" só porque... "ah... E SE!?!" E se, NADA.
Escolheram, agora aguentem-se à bronca... Olha se tivessem casado já? E a outra se lembrasse "hm, lá se foi o meu pássaro na mão a voar, deixa-me é ir apanhá-lo", iam cair na esparrela? No máximo podem fantasiar uns segundos em como seria a vossa vida se tivesses feito escolhas diferentes... Mas escolhas, são escolhas. E não podemos viver na indecisão. Na escolha e "de-escolha".

Serei eu assim tão vintage (porque agora nada é velho, tudo é vintage)?


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